sexta-feira, 30 de julho de 2010

O amor.

Não existe coisa mais agonizante que o amor. Você tenta ser forte, sendo extremamente fraca, e sabendo disso. Você sofre mais que seu coração aguenta, então, ele quebra. Sentindo-se a pior pessoa do mundo, você acha que o ódio é a saída. Mas não é. O ódio é apenas uma máscara que você põe para esconder seus olhos brilhando. O ódio machuca, mas não tanto quanto o amor. O amor é infiel, ele trai a você mesmo, que o sente. O amor arranca cada célula sua do lugar, transforma-lhe em uma completa bagunça. O amor é trágico, é traumático. Amar torna-se uma prisão. Amar é um desgosto. Amar é vergonhoso. É sentir-se mal, a cada passo que dá. Amar é sentir-se amparado e dependente, extremamente dependente. Amar é sair pela porta dos fundos, sem dar satisfação.
É insultante. Lágrimas são apenas uma parte de tudo que amar significa, uma parte bem pequena. Se amar é viver, então, enterre-me. Pois jamais quero sofrer como sofro hoje, eu não quero mais descobrir o que é isso sozinha. Eu não quero mais ter de olhar para ti, abraçado com a sua garota. Eu não consigo. Ódio, repulsa, aversão, a tudo que eu sinto quando vejo essa cena. Tenho dó de mim, e ao mesmo tempo, raiva. Equilibre-se. Pare de tremer. Mande sua boca parar de amargar. Fria... Como um cadáver. Amar é morrer aos poucos, em vão. Amar é um desperdício. Portanto, ame-se. Apenas.

Creditos: Mariana Ramos.

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